Diabetes Gestacional


 
Diabetes Gestacional é quando diagnosticado pela primeira vez na fase gestacional. O que não significa que o Diabetes está sendo causado pela gestação, mas na maioria das vezes é o que realmente ocorre. Cerca de 5% das mulheres desenvolvem a doença, sendo a mais comum na gravidez.

Na gestação, a placenta é responsável pela liberação de um hormônio chamado Hormônio Lactogênio Placentário (HLP) que "bloqueia" a ação da insulina, fazendo com que o pâncreas tenha que aumentar a secreção de insulina.

Os níveis do HLP começam a se tornar significativos a partir da 25a semana de gestação, por isso essa doença é mais comum no fim da gravidez.

Caso o pâncreas não seja capaz de aumentar a secreção de insulina a níveis que controlem a glicemia e a mãe passe a ter maior dificuldade em utilizar a glicose sendo a prioridade do feto, os tecidos maternos ficam menos sensíveis à insulina surgindo assim, o diabetes gestacional.

Uma boa notícia é que, geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto, deixando de existir a doença. O mais importante é que após o parto você tenha um controle alimentar rigoroso e um estilo de vida saudável, pois na maioria dos casos as mulheres que apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 ao longo da vida, o mesmo podendo ocorrer com os filhos.

Consequências de um diabetes gestacional descontrolado

O controle da glicemia materna precisa ser rigoroso e o crescimento fetal precisa ser monitorado por ultrassonografias.

Um dos efeitos do diabetes gestacional sobre o bebê é fazer com que ele ganhe muito peso, tornando-se um feto macrossômico (peso acima do recomendado). Como também poderá aumentar a diurese fetal, provocando o que chamamos de polidrâmnio (aumento de líquido na bolsa).

O diabetes gestacional não irá causar diabetes no bebê. A grande maioria das gestantes diabéticas tem filhos saudáveis e sem grandes complicações.

Entretanto, como o pâncreas do bebê teve que produzir grandes quantidades de insulina para metabolizar a exagerada quantidade de glicose durante a gestação, é importante que o recém-nascido seja monitorado nas primeiras horas de vida para não fazer hipoglicemia (ficar com açúcar muito baixo no sangue).

Além dos valores obtidos da glicemia medida, fatores importantes precisam ser avaliados para começarmos outra alternativa além da dietoterapia, como a insulina.

 Fatores de risco:

§  Idade de 35 anos ou mais

§  Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo na gestação

§  Deposição excessiva de gordura corporal

§  História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau

§  Baixa estatura (menor que 1,5m)

§  Crescimento fetal excessivo, polidramnio, hipertenção, pré eclampicia

§  Antecedentes obstétricos de aborto, malformações, morte fetal neonatal, macrossomia, DMG anterior

§  Síndrome de ovários policísticos

O controle glicêmico da dieta deverá ser rigoroso para que tenhamos sucesso na dietoterapia.

Os resultados serão notados em até duas semanas de continuidade da dieta.

 Procure sempre um nutricionista para avaliar sua dieta e realizar um plano alimentar específico, calculado e individualizado.
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